MLG – Trilho Megalitismo do Planalto de Castro Laboreiro



Galeria de Imagens


Ficha Técnica
Nome do percurso: MLG - Trilho Megalitismo do Planalto de Castro Laboreiro
Comentário:
Descrição:
Distância: 14.150,17 metros
Altitude mínima/máxima: 1.064 / 1.262 metros
Ganho de elevação acumulado: 2.002 metros

 

DESCRIÇÃO DO PERCURSO

O território do Parque Nacional da Peneda-Gerês foi objecto de ocupação humana desde a Pré-história recente. Testemunho disso são os vestígios megalíticos espalhados um pouco por todo o território desta área protegida, dos quais é exemplo carismático a Necrópole Megalítica do Planalto de Castro Laboreiro. Esta necrópole, uma das maiores da Península Ibérica, implanta-se numa importante unidade geomorfológica, onde o património cultural convive harmoniosamente com o património natural, o Planalto de Castro Laboreiro. Os monumentos que constituem este território ritual, monumentos funerários megalíticos, espalham-se por uma área de cerca de 50km2, na fronteira Nordeste do Parque Nacional com a Galiza. É o conjunto megalítico mais setentrional do nosso país e o que se encontra a cotas mais elevadas. Este percurso conduz o visitante por vários núcleos megalíticos desta necrópole, a partir do aglomerado populacional que lhe é mais próximo, a Branda do Rodeiro.

Monumentos Megalíticos do Alto da Mansão do Guerreiro

Este núcleo megalítico é constituído por nove monumentos, sendo a maioria bastante visível. Algumas mamoas deste conjunto estão nas imediações do nosso caminho e outras mais distantes. Estão, de um modo geral, em boas condições de conservação e destacam-se pelas implantações topográficas que apresentam, com grandes horizontes de visibilidade.

Monumentos Megalíticos do Alto do Buscal

Os monumentos megalíticos são incontornáveis neste percurso. Todo o caminho nos transporta para a pré-história. Mais um grupo, as Mamoas do Alto do Buscal. Estas são, de um modo genérico, mais discretas, mas não menos importantes do que as do Alto da Mansão do Guerreiro. Lamentavelmente, também não se encontram tão bem conservadas. A mamoa Alto do Buscal 4 encontra-se parcialmente cortada pelo caminho florestal do planalto, situação ocorrida num tempo em que a existência e importância destes monumentos não eram do conhecimento comum.

Monumentos Megalíticos de Lamas do Rego

Segue-se um outro grupo de mamoas, as Mamoas de Lamas do Rego. Neste grupo podemos observar seis monumentos razoavelmente bem conservados nas imediações do caminho florestal. As mamoas 1 e 2 deste grupo, as primeiras que identificamos do lado direito do caminho, são monumentos grandes, com cerca de 18 metros de diâmetro, nos quais a depressão central não apresenta grande expressividade, o que parece indicar um excelente estado de conservação.

Monumentos Megalíticos do Alto da Portela do Pau

O Alto da Portela do Pau é o único núcleo megalítico desta extensa necrópole que foi objecto de um projecto de investigação arqueológica entre 1992 e 1994. Neste grupo podemos observar vários monumentos megalíticos, dos quais se destacam: a chamada Mota Grande, a maior e mais visível mamoa do planalto, já em território galego; o monumento Alto da Portela do Pau 5, um monumento já intervencionado por uma equipa de arqueólogos nos anos 90, que pôs a descoberto a estrutura que hoje observamos, bem como as gravuras que o ornamentam; o Menir do Alto da Portela do Pau, um elemento granítico tombado em terras galegas, e que parece ser um menir, pelo seu formato e contexto em que se insere. No âmbito do projecto de investigação arqueológica um dos monumentos megalíticos que melhores resultados forneceu sobre o processo construtivo deste tipo de monumentos foi o monumento identificado com o número 5, agora musealizado. É um dólmen de câmara simples, aberta, de planta poligonal, subcircular, cujos esteios apresentam uma altura que varia entre os 2,35m e os 2,40m. Uma das particularidades deste monumento é a ostentação de motivos gravados nos seus esteios. Os motivos são essencialmente geométricos (ziguezagues e ondulados). As datações obtidas colocam este megálito na passagem do Vº para o IVº milénio a.C.