VCT PR8 – Trilho da Chão




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Ficha Técnica
Nome do percurso: PR8 VCT - Trilho da Chão
Comentário:
Descrição:
Distância: 19.963,97 metros
Altitude mínima/máxima: 18 / 511 metros
Ganho de elevação acumulado: 1.633 metros

Duração: 6 h
Grau de Dificuldade: Moderado
Âmbito do Percurso: Paisagístico/ Ecológico/ Cultural
Ponto de Partida/ Chegada: SIRC – Sociedade de Instrução e Recreio de Carreço

Este percurso tem o seu início junto do edifício da SIRC- Sociedade de Instrução e Recreio de Carreço.

Começamos caminhando em direção a norte, transpondo o viaduto sobre o caminho de ferro, continuando por entre o casario do lugar de Paçô, passando junto da capela de S. Sebastião e depois junto das gravuras rupestres da “Lage da Churra”, logo atingindo a última moradia da freguesia.

Iniciamos então a subida para o alto da serra de Santa Luzia, pela velha calçada do “Caminho da Costa de Paçô”, cujos lajedos têm gravados vestígios dos rodados dos carros de bois.

Um pouco mais acima, do lado direito, podemos observar o local da antiga pedreira, de onde foi retirada parte do material para a construção do atual edifício do tribunal de Viana do Castelo.

Chegados ao estradão florestal que vem de Afife, viramos à direita e subimos até alcançar um miradouro, com uma bela panorâmica sobre o mar, Afife, Vila Praia de Âncora e o monte de Santa Tecla, já na vizinha Galiza.

Segue-se novo cruzamento, agora com o estradão florestal, que liga Viana do Castelo à Senhora da Cabeça. Aqui viramos à direita e seguimos para sul, até ao cruzamento da “Pereirada”. À esquerda, bem lá na frente sobre a imensidão do planalto da Chão, vislumbra-se o marco geodésico que nos vai servir de referência.

A partir daqui estamos em plena Chão, planalto imenso da serra de Santa Luzia, com zonas húmidas, nascentes de pequenos regatos e algumas lagoas naturais ou acondicionadas pelo homem, onde vêm beber os “garranos” (cavalos selvagens), e as vacas barrosãs, que aqui vivem em liberdade.

Em tempos não muito distantes, aqui se apanhava o mato, destinado à cama do gado e mais tarde ao adubo das terras. Foi nestas árduas tarefas, que se originou o cruzamento entre gerações das freguesias limítrofes.

A determinada altura, do lado esquerdo, podemos observar um vale lindíssimo onde se encontra uma cerca destinada á marcação dos Garranos.

Serpenteando pelos caminhos da Chão, aproximamo-nos da base do Talefe, que domina toda a paisagem circundante.

Chegados à sua base, iniciamos a breve subida para o ponto mais alto da Serra de Santa Luzia (550 m), assinalado pelo marco geodésico de 1ª categoria, conhecido como “Talefe” ou “Gurita de Couçe”. Daqui, a vista é deslumbrante, abarcando um campo de visão de 360º, com o maciço da serra D’Arga como ponto dominante.

Deixamos o Talefe, regressamos ao estradão e seguimos pelo planalto da Chão, até atingirmos um tanque de água e o antigo viveiro da Fonte Louçã, local aprazível onde nos podemos refrescar e reabastecer.

Nas imediações podem ainda ser encontradas valas de antigas escombreiras (minas) de extração de minério, no século passado.

Continuamos a cruzar a Chão em direção ao “Alto do Porqueiro” mesmo junto à torre eólica nº 9, onde mais uma vez poderá espraiar a vista.

Após breve descida, passamos novamente perto do cruzamento da “Pereirada”, abandonando agora o planalto da Chão e iniciando a descida.

Tomamos o caminho de acesso à torre eólica nº 21 e, abaixo, apanhamos novo caminho florestal em direção a oeste. A breve trecho, viramos a sul e continuamos sempre a meia encosta, desfrutando das vistas para o Oceano Atlântico.

Um pouco antes do “Alto do Mior”, na zona do “Calvo”, existem outras gravuras rupestres, localizadas em terreno particular. Continuamos até atingirmos o desvio para o “Alto do Mior”, mais conhecido por “Miradouro das Bandeiras”, um dos pontos altos deste percurso, pela encantadora paisagem que proporciona sobre o casario e veigas das freguesias de Areosa, Carreço e Afife.

É com o oceano pela nossa frente que retomamos a descida em direção a Carreço, rumando para norte, para pouco depois virar à esquerda entrando na antiga calçada centenária do “Caminho da Costa de Carreço”, que desce serpenteando. Foi utilizada durante gerações por inúmeros carros de bois, que nos deixaram testemunho nos profundos sulcos no granito da calçada, bem como algumas pedras datadas (eras), assinalando as intervenções periódicas e comunitárias para a sua manutenção.

Esta calçada é mais abaixo cortada pela estrada alcatroada de acesso ao alto da serra e parque eólico. Do outro lado, retomamos a calçada da “Costa de Carrêço”, descendo até atingir as primeiras casas do lugar, local em que se poderá observar antigos cruzeiros, vestígios de um antigo calvário. Passamos depois junto da capela de S. Paio, que segundo a tradição, foi a primeira igreja da freguesia de Carreço.

Mais á frente vamos passar pelo “Largo do Aral”, “Campo da Cal”, Igreja Paroquial, até finalmente chegarmos à SIRC, final do percurso.

Última atualização: 26/04/2017