VCT PR7 – Trilho do Forte do Paço




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Ficha Técnica
Nome do percurso: PR7 VCT - Trilho do Forte do Paçô
Comentário:
Descrição:
Distância: 4.452,91 metros
Altitude mínima/máxima: 0 / 54 metros
Ganho de elevação acumulado: 202 metros

Duração: 1h30m
Grau de Dificuldade: Fácil
Âmbito do Percurso: Paisagístico/ Patrimonial/ Cultural
Ponto de Partida/ Chegada: Praia de Fornelos

O trilho do Forte de Paçô é um percurso pedestre denominado de Pequena Rota (PR), – pelo que a respetiva marcação e sinalização obedece às normas internacionais. A numeração é atribuída pelo Município de Viana do Castelo.

Este percurso situa-se no lugar de Montedor da freguesia de Carreço, do concelho de Viana do Castelo. É de salientar que grande parte deste percurso é coincidente com o “Percurso Pedestre dos Moinhos de Vento de Montedor”. O ponto de início localiza-se no local mais a norte da praia de Carreço, onde acaba a rua empedrada de acesso à praia de Fornelos, junto às Pias Salineiras. As “pias salineiras” (Idade do Ferro) são constituídas por «gamelas» escavadas no afloramento granítico. De formatos irregulares, têm um rebordo criado para reter a água do mar de forma a permitir uma rápida evaporação.

Seguimos por um trilho, onde a areia, a terra e a pedra se misturam, contornando os campos de cultivo à direita e um afloramento granítico à esquerda, onde se situam as Gravuras Rupestres de Montedor. Classificadas com Imóvel de Interesse Público, estas gravuras rupestres pré-históricas apresentam motivos zoomórficos (cervídeos e equídeos). Deixando o mar nas nossas costas, entramos na sombra dos pinheiros que abundam neste local e, subindo pelo caminho de laje, encontramos as primeiras casas do Lugar de Montedor. Continuando pelo caminho marcado, deparamo-nos com uma laje de pedra onde se localiza outro núcleo de gravuras rupestres: Gravuras Rupestres da Fraga da Bica, que apresentam motivos cruciformes, provavelmente estilizando a figura humana.

Seguindo pela Travessa do Bica viramos à esquerda para a Rua do Bom Sucesso, onde avistamos uma antiga capela denominada por Capela de Nª Sª do Bom Sucesso. Desta capela restam apenas alguns panos de parede e a capela-mor em adiantado estado de degradação. Ainda se pode identificar o altar-mor, em pedra, de estilo clássico e o teto da capela-mor artesoado, também de pedra. Foi fundada em 1692 pelo morgado António Rodrigues de Oliveira. A imagem da Sª do Bom Sucesso, uma peça escultórica em jaspe, do século XVI, encontra-se na Igreja Paroquial.

Continuando a subir a rua empedrada deparamo-nos com o Farol de Montedor. Foi construído sobre os restos de um povoado castrejo da Idade do Ferro, comprovado pelo aparecimento de vários vestígios de cerâmica, tégula e parte de um moinho manual de grandes dimensões. É o farol localizado mais a Norte do país e entrou em funcionamento em 20 de Março de 1910. Possui uma torre quadrangular em cantaria de granito com a altura de 28 metros (103 metros de altitude acima do nível do mar). Virando à esquerda por um trilho de terra batida que penetra num pinhal, encontramos o primeiro moinho de vento em funcionamento: o Moinho do Petisco, de propriedade particular que, em alguns dias, podemos ver a moer, com as velas de desfraldadas; aqui conseguimos vislumbrar uma paisagem única sobre o Oceano Atlântico.

Depois de descer as escadas de madeira que se encontram junto a este moinho, viramos à esquerda por uma rua empedrada. Cerca de 100 m decorridos, virámos à direita pela travessa da Velosa até desaguar num largo, onde tornamos a virar à direita. É neste ponto que os dois trilhos se separam. Enquanto o percurso pedestre dos Moinhos de Vento de Montedor segue por um carreiro de terra batida à esquerda, a cerca de 50 m do largo por onde passamos, o do Forte do Paçô segue em frente por este caminho.

Seguindo as marcas de indicação de trilho, entramos numa zona de pinhal, onde podemos observar algumas espécies cinegéticas, tais como o pombo bravo e o coelho bravo. Findo o pinhal, começamos a avistar a veiga com os campos de milho, o mar e a Praia de Paçô, onde se encontra o Forte de Paçô. Trata-se de um pequeno forte marítimo, integrante de uma linha que, à época da Guerra da Restauração, tinha como função a vigilância e defesa da margem esquerda do Rio Minho e da costa atlântica portuguesa. O Forte, localizado sobre a praia, cooperava com os vizinhos Forte do Cão (Vila Praia de Âncora) e Forte da Areosa. Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público.

Descendo o monte por entre a vegetação rasteira muito caraterística deste local até à orla costeira, encontramos um caminho de terra batida onde podemos virar à direita, descendo até à praia para visitar o Forte. Se optarmos por virar à esquerda, seguimos sempre junto à costa até chegarmos ao ponto de partida deste trilho.

Última atualização: 26/04/2017